Adulto Voluntário

Sem o adulto voluntário, não temos escotismo.

De acordo com o Método Educativo Escoteiro, o Suporte do Adulto é uma das ferramentas essenciais para a criação de um ambiente de aprendizado onde o jovem possa se tornar o protagonista da sua própria educação.

O Capítulo 12 do P.O.R (Princípios, Organização e Regras), o Estatuto da União dos Escoteiros do Brasil e as Resoluções do Conselho de Administração Nacional dispõem as Regras básicas relativas ao serviço voluntário dos adultos.

Requisitos

Reproduzimos, abaixo, a Regra 126 do P.O.R.:

I – Os requisitos, prazos e condições para o exercício das funções de escotistas, dirigentes e formadores são os fixados pelo Estatuto da União dos Escoteiros do Brasil, pelas resoluções do Conselho de Administração Nacional, por este POR, pela Política Nacional de Adultos no Movimento Escoteiro, e outras resoluções nacionais.

II – São requisitos mínimos, para nomeação de escotistas, as seguintes idades:

a) Chefe de Seção dos Ramos Lobinho, Escoteiro, e Sênior: a partir de 21 anos de idade;

b) Assistente de Ramo Lobinho, Escoteiro, Sênior: no mínimo 18 anos de idade;

c) Chefe de Seção do Ramo Pioneiro: a partir de 23 anos de idade;

d) Assistente do Ramo Pioneiro: a partir de 21 anos de idade.

III – A maturidade individual do candidato pode, eventualmente, justificar a nomeação de Chefes de Seção em idades inferiores as expressas, porém nunca com uma variação superior a dois anos para os Ramos Sênior e Pioneiro; ou, três anos para os Ramos Lobinho e Escoteiro. Tal exceção deve ser justificada pela Unidade Escoteira Local e solicitará a emissão de autorização para exercício provisório da função, até que o candidato complete a idade mínima exigida.

IV – A nomeação de Escotistas é de responsabilidade da diretoria da Unidade Escoteira Local. Os integrantes da Diretoria da Unidade Escoteira Local, ao procederem à nomeação, devem também assegurar-se de que a pessoa indicada ou nomeada, pelo seu caráter e conduta pessoal, pode receber o encargo de dirigir crianças ou jovens e que preenche as seguintes características:

a) Ter adequada compreensão e vivenciar os fundamentos que servem de base ao Escotismo;

b) Aceitar e estar disposto a assinar o respectivo Acordo de Trabalho Voluntário com a Unidade Escoteira Local;

c) Ter instrução, posição social e cultural compatível com a Seção que vai dirigir;

d) Possuir relativa independência financeira, proporcionada por emprego ou outra fonte de renda lícita, que lhe garanta estabilidade de vida;

e) Possuir condições de saúde e a capacidade física necessária para o exercício da função;

f) Ser capaz de dedicar à Seção o tempo adequado às atividades necessárias para o desempenho da função;

g) Ter o sincero desejo de aproveitar quaisquer novas oportunidades oferecidas para aprimorar a formação apropriada para seu ramo de atuação;

h) Cumprir os seguintes requisitos específicos para assumir a função: Conclusão do Nível Intermediário para Chefe de Seção e conclusão do Nível Preliminar para Assistente de Seção.

V- Em razão de necessidades prementes da Unidade Escoteira Local, a Diretoria Regional poderá autorizar o exercício provisório da função de Chefe de Seção, por prazo estabelecido, até que o indicado conclua o Nível Intermediário.

VI – A exoneração de escotista nomeado será feita pelo mesmo órgão escoteiro que o nomeou.

VII – Dirigentes nomeados pela Diretoria do Grupo Escoteiro, Diretoria Regional ou Diretoria Nacional receberão Certificado de Nomeação expedido pelo respectivo nível, devendo assinar seu Acordo de Trabalho Voluntário.

VIII – Política Nacional de Adultos no Movimento Escoteiro – A exoneração de dirigente nomeado será feita pelo mesmo órgão escoteiro que o nomeou.

Independência Financeira

Chamamos a atenção para esse requisito devido a rotina de gastos no dia-a-dia do trabalho voluntário.

Existem alguns gastos que o Chefe, inevitavelmente, deve arcar. Entre eles, destacamos:

  • O próprio uniforme;
  • Transporte;
  • Cursos;
  • Gastos pessoais diversos.

Portanto, essas questões devem ser levadas em consideração ao aderir como voluntário nos Escoteiros do Brasil.

Pontualmente, em comum acordo com a Diretoria, alguns custos são cobertos pelo Grupo. Para maiores informações, consulte a Diretoria do nosso Grupo.

Disponibilidade de Tempo

Esse é outro fator a ser ponderado ao candidato ao serviço voluntário junto aos Escoteiros do Brasil.

As duas horas de atividades semanais são apenas uma fração do tempo exigido do voluntário. Para que o exercício de suas funções seja de elevada qualidade, deve dispor, diariamente, de 30 a 60 minutos (em média) para estudar a literatura, participar de cursos EAD, reuniões, preparação de atividades, Conferências Online e, em alguns momentos, um final de semana inteiro no Campo Escoteiro de Magé ou outro local determinado conforme a linha de formação.

Lei e Promessa

Todos aqueles que aderem ao escotismo, seja na condição de jovem ou de adulto voluntário, devem obedecer à lei escoteira e realizar a promessa.

A Lei Escoteira, definida na Regra 8 do P.O.R., é composta por dez artigos:

I. O escoteiro é honrado e digno de confiança;
II. O escoteiro é leal;
III. O escoteiro está sempre alerta para ajudar o próximo e pratica diariamente uma boa ação;
IV. O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais Escoteiros;
V. O escoteiro é cortês;
VI. O escoteiro é bom para os animais e as plantas;
VII. O escoteiro é obediente e disciplinado;
VIII. O escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades;
IX. O escoteiro é econômico e respeita o bem alheio;
X. O escoteiro é limpo de corpo e alma.

O candidato deve ler, compreender e aceitar viver conforme os princípios ali indicados. O passo seguinte, após um período de aproximação e vivência das atividades, é a realização da Promessa Escoteira.

Trata-se de uma Cerimônia onde o adulto voluntário pronuncia a seguinte Promessa:

“Prometo, pela minha honra, fazer o melhor possível para: cumprir meus deveres para com
Deus e minha Pátria; ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião; obedecer à Lei Escoteira, e
servir a União dos Escoteiros do Brasil”.

Procedimento para se tornar um adulto voluntário

Da mesma forma que um jovem participa de algumas atividades na Sede a fim de verificar a sua identificação com o método escoteiro, o adulto deve realizar uma espécie de estágio.

Antes, deve procurar a Diretoria e manifestar o seu interesse em servir à União dos Escoteiros do Brasil. Durante essa conversa, em comum acordo, será estabelecido o caminho a ser percorrido pelo futuro Chefe.

Abaixo, um resumo do processo:

Passo 1 – Entrevista com a Diretoria;

Passo 2 – Participar das atividades de cada Ramo;

Passo 3 – Nova conversa com a Diretoria a fim de definir em qual Ramo irá atuar;

Passo 4 – Nomeação, caso aprovado.